Nos anos 80, me lembro de estar trabalhando na frente de um terminal de tela verde e programando DOS para gerar relatórios incríveis. E eu era uma fera nisso e, naquela época, saber programar no MS-DOS diferenciava o profissional.
Mas o tempo passou, a Microsoft evoluiu e lançou o Excel, no final dos anos 80. Programar MS-DOS se tornou obsoleto.
O Excel possuía diversas ferramentas financeiras avançadas, além de infinitas possibilidades de programação, para os mais variados fins, desde uma organização simples de uma planilha de gastos até um controle rígido e complexo de estoque em uma grande empresa. Tudo isso sem muito esforço e com passos relativamente simples, num ambiente que sequer parecia um ambiente de programação.
Essa mudança durou cerca de 10 anos, mas me obrigou a me reinventar para me manter no mercado de trabalho.
A diferença entre o que aconteceu comigo e o que acontecerá com o profissional do futuro está na velocidade que essa mudança irá acontecer.
Um estudo da “McKinsey Global Institute” aponta que 50% das atividades atuais de emprego tem potencial para serem automatizáveis até 2030.Isso quer dizer que em uma década, potencialmente, 50% das pessoas terão que buscar um emprego totalmente diferente do atual.
E a velocidade da mudança só tende a aumentar. Especialistas em mercado de trabalho apontam que um aluno que está entrando hoje na escola, deverá passar por pelo menos 5 profissões diferentes durante sua carreira.
É fato! Graças à automação e às forças da globalização, a vida profissional passa a ser impermanente e se tornará cada vez mais imprevisível.
Isso é assustador, mas também pode ser libertador!Ao menos para aqueles que estiverem dispostos a assumir o controle!
A chave para um profissional ter sucesso no futuro será a adaptabilidade, a vontade de aprender coisas novas e a capacidade de se adaptar as novas demandas de mercado.
Para manter a empregabilidade, será preciso refletir e ampliar as opções de carreira, coerentes com os objetivos de vida. Será necessário buscar, das mais diferentes formas, o desenvolvimento das novas competências e habilidades que serão exigidas em futuro em constante mutação.
Nesse novo mundo, a capacidade de aprender é mais importante do que o conhecimento e se adaptar será mais importante do que saber.
Se preparar para esse futuro significa ir muito além de aprender programação, robótica ou modelagem 3d.
Essa geração poderá ser high tech e high touch, mas precisará aprender a se conectar, a ser autodidata, a resolver problemas, ser criativo, a buscar soluções baseadas em análises e não temer a tecnologia.
Esse é um caminho sem volta! E nossos alunos estarão preparados para fazer parte dele!
Guerino Parucci
CEO – Doctor Stem